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Política

Direita, PL e Bolsonaro têm plano chave para as eleições municipais de outubro

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Apesar de o calendário político ainda estar na fase de pré-campanha, os partidos políticos já estão colocando seus pré-candidatos nas eleições municipais deste ano em todas as frentes possíveis. Em outubro, mais de 5 mil prefeituras estarão nas urnas, com vagas que podem garantir renovação ou a continuidade de diversos representantes.

Neste ano, os partidos tradicionais buscam alcançar metas ousadas, não apenas para preparar o terreno para 2026, mas também para surfar na onda da polarização que tem marcado os últimos pleitos do país, especialmente desde 2014, durante as eleições gerais entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. Desde então, a rivalidade entre dois lados centrais tem permeado não apenas o cenário nacional, mas também a corrida municipal, como ocorreu em 2016, 2020 e agora novamente em 2024.

Enquanto o PT se manteve na esteira da polarização, o PSDB foi perdendo força ao longo dos anos, ao ponto de, na maioria dos redutos, se tornar praticamente irrelevante, sem força política suficiente para eleger uma base mínima de representantes. Enquanto isso, um partido ganhou musculatura e passou a bater de frente com as principais legendas, assumindo a briga pela liderança no cenário político e está prestes a se tornar o maior partido político do Brasil. Este partido é o PL.

PL em cena
O Partido Liberal, que tem uma longa história na política, ganhou um novo fôlego desde que Jair Bolsonaro se juntou a ele. Com a chegada de Bolsonaro, o PL não apenas se estruturou para receber o político de direita, mas também atraiu uma migração em massa da força política sustentada pelo então presidente da República.

Com uma bancada significativa, o partido entrou na briga pelo protagonismo e conquistou um eleitorado fiel e engajado, colocando a legenda em uma posição privilegiada, com cerca de 1500 prefeituras em vista, um número tão alto que nem mesmo o PT, com seu líder máximo no Palácio do Planalto, ousa cogitar, ao menos até o momento. Nos bastidores do lulopetismo, fala-se em aproximadamente 200 prefeituras, no máximo.

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O PL, na contramão, vai para o ringue sem timidez, com Bolsonaro sendo projetado como um símbolo de força, representando literalmente o significado de um cabo eleitoral. Uma das prioridades entre as várias prefeituras é Guarulhos, em São Paulo, que não apenas abriga o maior aeroporto da América do Sul, mas também é a maior cidade não capital do país. De olho nesse grande município, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, chancelou o nome de Lucas Sanches para representar a direita na disputa, que terá um tradicional nome da esquerda também no confronto, o ex-petista Elói Pietá, que atualmente está no Solidariedade. Desde que o apoio foi confirmado, o aceno também passou a circular no núcleo da família Bolsonaro, que também sinalizou apoio.

Direita unida ao bolsonarismo

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Com o acordo selado, o bolsonarismo não apenas entrou no jogo para vencer, mas para conseguir uma vitória expressiva. Para colocar o time em campo, uma série de influenciadores da direita foi acionada para demonstrar apoio a Lucas Sanches. Entre os principais nomes está o jornalista português Sergio Tavares, que ficou conhecido mundialmente após ser barrado no Brasil ao desembarcar para cobrir o Ato Pela Democracia, que reuniu 750 mil pessoas na Avenida Paulista.

Além do apoio dos influenciadores, Sanches também conta com apoio político de políticos importantes no cenário local, como o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado estadual André do Prado, e o deputado federal Marcio Alvino.

Para Prado, Guarulhos pode ter a oportunidade de eleger um representante que leve consigo a força do PL para implementar avanços, obras, investimentos e desenvolvimento necessários. Já Alvino defende a ideia de que a cidade precisa deixar para trás o que ele chama de ‘fantasma das décadas’, referindo-se a políticos que se alternam no poder, mas não conseguiram oferecer uma resposta efetiva à população guarulhense.

Direita X esquerda no 2º turno

Ambos estão confiantes na consolidação de Lucas Sanches no primeiro turno e, mesmo que a disputa vá para o segundo turno, eles acreditam na vitória que, caso se confirme, representará uma forte guinada do município ao liberalismo e conservadorismo, dois polos atuantes do bolsonarismo.

Como noticiado pelo Conexão Política, o pleito de Guarulhos deve ter dois turnos, já que tanto a direita quanto a esquerda têm nomes de peso que representam a força máxima de cada lado. A pesquisa mais recente do Instituto ASN Opinião Pública mostra, por ora, um cenário polarizado, com um empate técnico entre Elói Pietá, com 20,75% das intenções de voto, e Lucas Sanches, com 18%. Por outro lado, entre os pré-candidatos com menor índice de rejeição, Sanches se destaca, com apenas 11,38%, enquanto 18,38% dos eleitores dizem que não pretendem votar em Elói.

A pesquisa do ASN Opinião Pública foi realizada presencialmente, com 800 eleitores de Guarulhos, entre 27 e 30 de março. O grau de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 01433/2024.

Conexão Politica

 




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